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Ritos de Passagem da Mulher

Ritos de Passagem da Mulher

No artigo RITOS DE PASSAGEM DA MULHER, vou falar sobre os ciclos de transição, a partir da minha experiência atuando como naturóloga integrando a visão do Ayurveda, da Medicina Chinesa e também a partir da minha experiência pessoal e de estudos sobre o feminino que venho desenvolvendo há alguns anos.

Menarca, concepção e fertilidade, gestação, parto, puerpério e menopausa são os temas abordados.

E

sses ciclos femininos não são independentes uns dos outros. A vida das mulheres se move em ciclos interconectados e espirais rítmicas. Cada fase marca uma transição iniciatória de um ciclo para o seguinte e a resposta que uma mulher traz ao encontro com cada fase pode ter uma profunda ressonância com todas as outras fases, nos níveis físico, emocional e espiritual.

Se observarmos nossa história, veremos que os mesmos temas ecoam ao longo dos ciclos e se sobrepõem com novas camadas.

Por exemplo, a natureza do encontro de uma menina com sua menarca pode definir o tom para sua resposta no início do climatério. A relação da mulher com sua sexualidade e vida menstrual pode determinar sua capacidade de enfrentar as experiências do parto e nascimento, pois as grandes “ondas” de oxitocina que estão presentes durante o orgasmo também ajudam a controlar a dor durante o trabalho de parto.

As mudanças hormonais extremas e a exaustão do puerpério podem apresentar uma série de desafios semelhantes aos experimentados na menopausa. Há também uma correspondência direta em termos de dinâmica emocional e hormonal entre as experiências de mulheres na TPM e na menopausa.

Existem tantos paralelos e sobreposições, uma gama de ecos e ressonâncias entre esses diferentes ciclos à medida em que eles se desdobram ao longo da vida de uma mulher. Nosso útero guarda memórias. Sem contar a memória da ancestralidade ….

Por isso um trabalho de conexão, limpeza e fortalecimento dos nossos aspectos femininos é tão importante nos níveis físico, emocional e sutil.

MENARCA

A Menarca é um evento que tem um profundo impacto em como a mulher experiencia sua menstruação ao longo da vida.

Segundo o Ayurveda, ocorre a transição da infância (fase em que o dosha KAPHA predomina) para a adolescência, etapa regida pelo dosha PITTA, formado pelos elementos FOGO e ÁGUA. Esse calor se manifesta na grande transformação hormonal no corpo da menina e no fluxo menstrual.

A alimentação durante toda a infância tem um grande impacto em como será a primeira menstruação da menina, assim como a sua constituição natal. As mulheres VATA costumam ser precoces e menstruar mais cedo. Meninas PITTA ficam na média e as do tipo KAPHA podem iniciar o ciclo menstrual mais tarde.

Sou da época em que as pessoas evitavam falar a palavra menstruação e trocavam por “estou de chico”. Gente, alguém sabe de onde veio essa expressão? Coisas assim parecem bobas mas ficam gravadas em nosso inconsciente que é melhor disfarçar e não falar muito sobre o assunto, muito menos trocar experiências.

Crescemos com a influência das revistas femininas ditando comportamentos, modelos e padrões externos em vez de nos inspirar a conhecer nosso corpo, acessar nossa intuição e nossa beleza interior. Uma cultura que suprimiu a menstruação e modelou as atitudes das mulheres em relação a esse tema diminuindo sua autoconfiança e consciência sobre o funcionamento do corpo.

Como tudo isso impactou essa geração que nunca teve estímulo para diminuir o ritmo e compreender que essa fase pede mais descanso e interiorização e que isso é vital para a saúde?

As tribos indígenas e outros povos ancestrais celebram essa passagem para a puberdade com rituais que marcam uma iniciação positiva para o desenvolvimento e o amadurecimento da feminilidade.

Nem todas nós tivemos esse acolhimento, mas podemos nos reconectar e ressignificar esse período escrevendo uma carta para a nossa jovem menina.

Veja nas imagens ao lado algumas coisas que eu gostaria de ter aprendido naquela época. E você? Quais são as coisas que você diria para a sua “jovem donzela”? Que tal fazer o exercício proposto e escrever uma carta?

FERTILIDADE CONSCIENTE

Após a menarca, outro momento marcante é quando a mulher inicia sua vida sexual e precisa estar consciente sobre a sua FERTILIDADE.

A imagem do Dente de Leão remete ao momento de fertilização em que os espermatozóides circundam o óvulo. Já reparou como encontramos geometrias sagradas que refletem a relação entre o nosso corpo e a natureza, o microcosmo e o macrocosmo?

C

ompreender o funcionamento do corpo é essencial para a melhor escolha de controle de natalidade. Se todas entendêssemos o papel dos hormônios em nossa saúde e a importância da ovulação, não arriscaríamos suspender esse processo fisiológico com hormônios sintéticos.

A ovulação é o principal evento do ciclo feminino. Um período menstrual real só ocorre quando houve a ovulação antes.

Escapes no meio do ciclo, padrões anormais de muco cervical, ciclos irregulares ou até mesmo amenorreia (ausência de menstruação) indicam que não está ocorrendo a ovulação.

Fertilidade Consciente consiste em um método de controle de natalidade reconhecendo os sinais do período fértil por meio do muco cervical, da temperatura basal do corpo e da posição cervical (altura do colo do útero).

No período de janela fértil, o muco cervical apresenta o pH perfeito para manter o esperma no organismo da mulher por até 5 dias. Ele se torna mais fluido do que em outros períodos do ciclo para permitir que o esperma vá ao encontro do óvulo. Nesse período, toda a natureza da mulher conspira para a concepção.

Essa consciência nos permite fazer escolhas de forma contraceptiva ou a aumentar nossas chances de engravidar, conforme nossa intenção. Mesmo quando a mulher não está interessada em engravidar, conhecer o seu período fértil é importante para analisar como está a sua saúde.

A ovulação é necessária para a produção de progesterona. Atualmente muitas mulheres apresentam quadros de doenças relacionadas à dominância estrogênica, um desequilíbrio hormonal em que ocorre um aumento do estrogênio e uma baixa nos níveis de progesterona.

A ovulação irregular aumenta o risco de diabetes, pressão alta, osteoporose e infertildade.

Concepção Consciente

A concepção é um importante RITO DE PASSAGEM NA VIDA DA MULHER e preparar-se para essa missão é uma oportunidade de oferecer melhores condições de prover a chegada de uma nova vida.

Garbha Samskar é um ramo do Ayurveda que orienta sobre a importância da preparação para uma concepção saudável e feliz, nos aspectos físicos, mentais, emocionais e sutis.

E

ssa abordagem começa com um protocolo de desintoxicação para purificar corpo e mente e uma orientação alimentar para apoiar a fertilidade. Ervas rasayanas e vajikaranas são tônicas do organismo e do sistema reprodutivo que ajudam a ampliar a energia vital do casal.

Demora cerca de 100 dias para que um óvulo e um espermatozóide passem por um ciclo completo de maturação. Como nutrimos nosso corpo influencia a saúde do óvulo e do esperma. O que, por sua vez, determina a saúde de um bebê. Além da alimentação, como o casal nutre seus 5 sentidos na fase da concepção também deixará um ‘imprint’ na formação do feto.

A fertilidade e a expressão do poder criativo partem da mesma fonte, nossa energia Shakti. Quando queremos conceber, é importante fazer práticas de reconexão para manter o fluxo de energia entre o canal que liga o coração ao útero, nosso centro cardíaco ao centro de criatividade.

Nos aspectos sutis, esse trabalho pode ser desenvolvido para elevar os padrões vibracionais por meio de mantras e mudras, terapia floral, aromaterapia e yoga para concepção.

Ao se alinhar aos ritmos da natureza, por meio da rotina ayurvédica, a mulher pode cultivar seu solo para plantar uma semente, espelhando os ciclos de fertilidade e abundância da terra.

Esse é um momento que pode ser ritualizado para trazer as crianças de alta vibração que vem chegando ao planeta.

Gestação

No período da gestação, que dura em torno de 9 luas, o útero pode aumentar cerca de 20 vezes o seu tamanho para receber uma nova vida. É um dos eventos mais transformadores na vida da mulher.

Além da herança genética, o Ayurveda ensina que a criança recebe dos pais a formação da Prakriti, sua constituição natal – VATA, PITTA e KAPHA, que também recebe influência da alimentação, do ambiente e da nutrição dos 5 sentidos.

Garbhini Paricharya são os cuidados com a mulher grávida no Ayurveda, que orienta uma alimentação específica mês a mês de acordo com as etapas de formação do feto e outras recomendações para levar a mulher a um estado sáttvico (equilíbrio) na mente, no corpo e no espírito.

N

o quarto mês, o coração passa a ser a sede da consciência da criança. A mulher é chamada de Dauhrida (dois corações), pois nessa fase, os desejos do bebê podem se manifestar por meio dos desejos da mãe e devem ser atendidos.

A gestação é considerada uma fase KAPHA, de construção de tecidos e estrutura. Mas APANA VAYU, subdosha de VATA, tem um importante papel no crescimento do feto e no parto. Por isso, equilibrar o dosha Vata, que regula o sistema nervoso, é importante nessa fase.

Na pré-concepção, as práticas de Yoga estavam voltadas para promover a fertilidade, e durante a gestação, Bhakti Yoga com práticas de devoção podem ser adotadas para desabrochar na mulher a entrega e o serviço à missão da maternidade, a fortalecer a paciência e a resiliência tão necessárias quando o bebê nascer. As práticas respiratórias também são úteis na preparação para o parto.

Uma maneira de ritualizar esse momento é o Chá de Bençãos. Tive a oportunidade de receber esse carinho das amigas na minha gestação e foi bem especial celebrar esse momento e abençoar a chegada da minha filha, demonstrando que já estava cercada de amor.

A preparação do casal antes da concepção assim como durante a gestação é um ato de transformação para o mundo … pois quando uma nova vida chega em uma família consciente e conectada, mais pessoas no mundo serão empoderadas para uma vida desperta desde o começo.

Parto

O PARTO como um Rito de Passagem e como um portal de Iniciação na vida da mulher.

O Ayurveda pode auxiliar com orientações para a oleação do períneo, uso de ervas, óleos medicados, óleos essenciais, massagens e práticas respiratórias para se preparar para o trabalho de parto e aliviar dores e desconfortos.

Durante a minha gestação, estava me especializando em Saúde da Mulher e da Criança com Ayurveda, estudei muito sobre o tema e li que durante o parto a mulher pode entrar em um estado alterado de consciência.

E realmente foi isso que vivenciei. Entendi o que era estar voltada para o nosso instinto mais selvagem e visceral. Meu trabalho de parto foi rápido sem muita dor e já cheguei ao hospital com a dilatação completa e a minha filha coroando. Estava em outro tempo espaço, com uma sensação de não querer me comunicar com ninguém.

O aumento de oxitocina produz contrações uterinas mais intensas. O sistema nervoso responde liberando endorfina, um analgésico natural. Os hormônios atuam no cérebro e acalmam a atividade no córtex frontal. Pesquisadores mediram a atividade do cérebro em parturientes e detectaram frequências de ondas cerebrais Delta muito baixas, que normalmente ocorrem em estado de sono profundo ou em bebês.

Quando o córtex frontal afrouxa o controle inibitório do sistema límbico, o comportamento da mulher muda. Ela pode fechar os olhos e parar de falar. Nesse estado alterado de consciência, a mulher tem mais semelhanças com outros mamíferos e se comporta instintivamente. Este estado a protege de refletir conscientemente sobre a intensidade do trabalho de parto e facilita o processo.

Por isso, as mulheres precisam ser protegidas da reativação do córtex pré-frontal e de intervenções e estímulos como: uso da linguagem, presença de luz, sensação de ser observada e percepção de perigo. O parto humanizado oferece um ambiente silencioso, aquecido, com pouca luminosidade.

A mulher pode desenvolver essa capacidade de interiorização durando os ciclos menstruais para fortalecer o conhecimento de sua natureza interior e chegar à gestação e ao parto mais familiarizada com seu poder pessoal.

Para mudar o mundo, precisamos mudar a forma de nascer.

Puerpério

“Maternar a mãe” … Considero o puerpério uma das fases em que a mulher mais precisa de autocuidado, de uma rede de apoio e de cuidados terapêuticos.

Com o nascimento do bebê, nasce uma nova mulher.

De acordo com o Ayurveda, o dosha VATA, formado pelos elementos AR e ÉTER, aumenta devido à perda de fluidos no pós-parto, oscilações hormonais, perda de peso, variação nos períodos de sono e mudanças na rotina para cuidar da criança e ao espaço extra deixado no abdômen após o nascimento do bebê.

Nessa fase, a capacidade digestiva (Agni) fica mais fraca e a mulher precisa de alimentos nutritivos porém fáceis de serem digeridos.

Além disso, VATA em agravamento também pode se manifestar como ansiedade, angústia, agitação, insônia, nervosismo e contribuir para um quadro de “baby blues” ou até mesmo a depressão pós-parto.

Portanto, medidas de pacificação do dosha VATA são importantes por meio da orientação alimentar, rotina ayurvédica, oleação e massagem, uso de óleos essenciais.

O Ayurveda também recomenda banhos de assento para ajudar na cicatrização pós-parto em casos de laceração e para melhorar o tônus vaginal depois do parto.

Recentemente, atendi um amiga querida que está morando em outro país e está se preparando para o nascimento do segundo filho em breve. Foi uma satisfação apoiar esse momento mesmo à distância oferecendo a sabedoria do Ayurveda, com as orientações para facilitar o parto e o pós-parto, incluindo receitas da culinária ayurvédica com alimentos e ervas galactagogos que auxiliam a produção do leite materno.

“É preciso uma aldeia para se criar uma criança”.

Uma forma de marcar esse Rito de Passagem é fazer uma cerimônia devolvendo a placenta à terra e admirar a inteligência da natureza e do corpo da mulher que produziu uma réplica da árvore da vida para nutrir a vinda de outro ser humano.

Climatério

O climatério é um período de transição até a menopausa, que pode ocorrer por volta dos 45 aos 55 anos, em que os níveis hormonais começam a diminuir e o ciclo menstrual pode passar por uma fase de grande oscilação.

Assim como a idade da menarca pode variar, a entrada no climatério também será diferente para cada mulher. Em comum, esses dois períodos podem trazer incertezas e instabilidade mas também uma oportunidade de recomeços e de encontrar uma nova identidade vital.

S

egundo o Ayurveda, a transição para a menopausa é um processo natural que pode ser vivido de forma saudável. Quando sintomas e desconfortos ocorrem é uma manifestação do acúmulo dos doshas (humores biológicos) ao longo dos anos que não foram equilibrados durante o ciclo menstrual da mulher. Tudo o que foi suprimido durante muitos ciclos pode entrar em erupção e vir à tona intensamente.

Por isso, como cuidamos do nosso ciclo ao longo da vida é muito importante para determinar como iremos vivenciar a menopausa.

A Medicina Chinesa relaciona os hormônios às energias YIN e YANG.

Fitoterapia, orientação alimentar, aromaterapia, acupuntura, yoga e terapias sutis são algumas das práticas terapêuticas que podem apoiar a mulher.

O exercício para escrever uma carta para si mesma quando jovem pode ser bem valioso para a mulher no climatério observar as duas etapas de transição.

🔹 Como vivenciou a passagem da infância para a adolescência?

🔹 Como está lidando com mais uma transição, integrando e somando essas experiências para o seu amadurecimento?

🔹 Está preenchendo essa fase com amor próprio, compaixão, espaço para honrar suas vulnerabilidades e valorizar seus potenciais?

🔹 Está ancorando seu arquétipo de FEITICEIRA para entrar no arquétipo de ANCIÃ satisfeita com a vida que construiu?

Menopausa

A menopausa é o fim permanente do ciclo menstrual e da capacidade reprodutiva. Mas embora a mulher não tenha mais a oportunidade de gerar uma nova vida, ela pode entrar em seu interior e dar à luz o que está ali esperando para ser expressado, ouvir o chamado para transmitir ao mundo toda a sabedoria acumulada durante seus diversos ciclos.

O climatério, fase anterior à menopausa que pode durar entre 6 a 13 anos. O Prana (energia vital) é dirigido do corpo para o desenvolvimento da consciência.

Essa consciência expandida é possível nesta época da vida porque, neste estágio, a mulher já passou literalmente pelos fogos da transformação do climatério: a essência vital TEJAS.

No Ayurveda, é a fase em predomina o dosha VATA na vida da mulher e ela deve priorizar uma alimentação que equilibre esse dosha: quente, densa, nutritiva, com boa oleosidade e umidade.

É uma fase de bastante nutrição da medula óssea (Majja Dhatu), onde ocorre a osteogênese das células, sendo a chave para o rejuvenescimento.

O objetivo do tratamento é restaurar Ojas, a essência vital que dá vigor, imunidade, calma, estabilidade, sustentação física, energética e emocional para o corpo.

Clarissa Pinkola Estes identifica climatério e menopausa como um momento muito especial na vida de uma mulher, de 49 a 56 anos sendo a “idade do submundo”, um tempo de profunda reavaliação e enfrentamento do medo durante o qual a mulher aprende ‘palavras e ritos’ da poderosa iniciação que a capacita a entrar na ‘era da escolha’, dos 56 a 63 anos, que se refere à liberdade de “escolher o seu mundo e o trabalho ainda a ser feito”.

Alguns mulheres passam por uma fase delicada se tiveram um esgotamento crônico emocional, nutricional, de seus recursos metabólicos, uma depleção dos hormônios Yin e Yang, como citei no post de ontem.

Mas a mulher ainda pode produzir cerca de 40 a 60% dos níveis hormonais pré-menopausa sintetizados via glândulas adrenais, o que é suficiente para as suas necessidades.

Esse pode ser um momento muito rico de curas profundas e resgastes de várias etapas dos ciclos.

espirais de ciclos

Cada ciclo atua como um portal de iniciação para o desenvolvimento do nosso poder interior. Ao observarmos a relação entre ciclos menores e ciclos maiores, microcosmo e macrocosmo, ciclo feminino e ciclos da natureza, vemos padrões que se repetem em uma espiral, trazendo novas perspectivas, experiências e sabedorias para nosso crescimento e cura.

A

maneira como cuidamos do nosso ciclo menstrual e lunar se reflete em como iremos adquirir força e discernimento para passar pelos grandes ciclos da vida já citados, além de outras transições como mudanças de casa, de cidade, de país, de trabalho, fim de relacionamentos, perda de amizades e de pessoas queridas. 
Se aceitamos nossa natureza cíclica e fluímos com os momentos de expansão e contração, florescimento e recolhimento, expressão e interiorização, vamos dominando a arte do ciclo vida-morte-renascimento e nos tornamos cada vez mais preparadas e conscientes para entrar na etapa seguinte. 
Essa espiral cíclica começa como o botão de uma flor fechado na infância, que se abre para o desabrochar da juventude e então se move para o florescimento da mulher madura, e para a frutificação de sua vida por meio da manifestação de sua Shakti, sua capacidade de criar no mundo material, na forma de crianças ou de manifestações artísticas, projetos de trabalho, expressão espiritual, empenho criativo. Quando a fruta fica madura, nos alimenta e nutre em todos os sentidos. E, por fim, retorna à profunda sabedoria da SEMENTE, como um poderoso rito de passagem para a menopausa. 
Esse ritmo não pode ser evitado. A aceitação, a entrega, a resiliência e o desapego são importantes para conseguirmos soltar as perdas e abraçar novos ganhos. Essa conexão com os ritmos da natureza é um ensinamento do Ayurveda, o sistema de saúde mais antigo do mundo. 
Cada ciclo menstrual oferece a oportunidade de praticar o poder que foi mostrado na menarca. Ao abraçarmos essa prática ao longo de nossos anos de menstruação como uma espécie de SADHANA (prática espiritual), podemos nos preparar por meio desses encontros repetidos para iniciações poderosas como a experiência do parto, e podemos então chegar ao climatério prontas para a “grande mudança” da menopausa.
Em qual ciclo de vida você está agora? Como lida com as mudanças da vida? Como lida com as mudanças do ciclo menstrual? Compartilhe aqui no comentário. 

TEXTO AUTORAL © Jacqueline Guerra

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Jornalista, naturóloga e terapeuta ayurvédica especializada em Saúde da Mulher. Cidadã ligada às causas que promovem responsabilidade ambiental, educação e cultura. Mãe da pequena Melissa.

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